Você já pensou em adotar um PET amputado?

Você com certeza já se deparou com uma pessoa amputada no cotidiano: Auxiliado ou não por uma prótese, seja estética ou mecânica, o amputado é alguém que vive seu cotidiano enfrentando a falta parcial ou total de um membro, lidando com perguntas e olhares curiosos.

Não podemos negar que a perda de um membro é uma experiência muito complicada, que envolve um processo de luto, a adaptação a uma nova e inesperada imagem corporal e uma longa reabilitação do corpo e da mente, agora obrigada a conviver com limitações.

Com animais de estimação, a amputação costuma vir como solução para a perda de função de uma pata, seja por razão patológica ou traumática. A novidade aqui é que para o seu amigo felino, canino, ou seja lá de qual espécie, os problemas não são tão grandes assim. Confira abaixo alguns fatos que resultam em motivos para você investir na adoção de um novo membro da família, ainda que falte um pedacinho.

1 – A adaptação é rápida e simples:

Diferentemente do que acontece com um ser humano após a amputação, o animal de estimação se rehabilita de maneira normalmente rápida.

Tigrinho, o Meliante

Após a remoção da pata dianteira esquerda, meu viralata Tigrinho (o Meliante) passou alguns dias tropeçando, e percebeu rapidamente que havia algo de diferente.

Nada disso diminuiu sua energia (aliás, parece que colocaram mais uma pata em vez de retirar uma delas), e a qualidade de vida aumentou muito.

O cotidiano de um pet não é complexo como o nosso, logo, a falta de um membro gera sim uma mudança na distribuição de peso, bem como na consciência corporal, isso resulta em uma pequena dificuldade de locomoção, mas não na necessidade de reaprender a viver do zero.

2 – Não ocorrem grandes implicações emocionais:

Ao sofrer uma amputação, são raras as pessoas que não sentem uma boa dose de tristeza. Existem situações nas quais a amputação é até mesmo um desejo do paciente, em caso de um doloroso câncer por exemplo, na maioria dos casos, todavia, sofrer uma amputação é ter a própria vida revirada de cabeça para baixo. 

Nossos amiguinhos de 4 patas (ou 3,né?), não passam por tais crises! Seu pequeno parceiro vai sim perceber que algo mudou, mas com o passar das primeiras semanas, dá pra ver facinho que a vida segue em frente sem cerimônia. 

Ainda grogue da anestesia, meu amigão Tigrinho teve a cara de pau de saltar do chão para o alto do encosto do sofá, tudo isso em um pulo só! Minha esposa e eu quase infartamos com a cena…

Spoiler: Ele não tava nem aí. 

Outros da mesma espécie também não fazem distinções nem manifestam preconceitos.

3 – São sim necessários alguns cuidados:

No caso de um cão, a maior parte do peso é colocada nas patas dianteiras, logo, a falta de uma sobrecarrega aquela que restou, bora tomar um cuidado extra então?

  • Refeições: Elevar o comedor do seu amigão para poupar a pata e o pescoço do esforço de abaixar. 

    Não, não é normal e não tá tudo bem!
  • Pulos: Se o seu bichinho é do tipo que adora pular na cama ou no sofá com os donos, considere a aquisição de uma escadinha, no caso dos cachorros ou de uma rampa, para os gatos. O amortecimento dos pulos, a longo prazo, pode resultar em problemas na pata frontal ou traseira restante.
  • Saúde das patas: Cuidar das almofadinhas na sola das patas, pois elas são responsáveis por absorver os impactos e pela regulação térmica dos meliantes… com uma pata faltando, é normal as outras terem maior desgaste.
  • Juntas: Preste sempre grande atenção na saúde das articulações da pata restante na extremidade de amputação, busque auxílio em caso de inchaços e feridas. 
  • Evite superfícies escorregadias: Proporcione pisos menos lisos ao cãozinho – Não precisa ir ao extremo do áspero, mas um cão com uma pata faltando tem fatalmente uma perda na tração. Sobretudo no caso de amputação traseira, apenas uma pata será responsável pelo arranque na hora daquela zoeira diária básica. Tapetes oferecem uma boa dose de maciez e aspereza combinados!
  • Galera: Outros cães não fazem grandes distinções, todavia, o seu trípode favorito pode se sentir ameaçado e defensivo diante de outros cães, por questões instintivas.
  • Manter o peso: Uma dieta balanceada se torna ainda mais importante – lembre-se de que o seu pet continuará a envelhecer com um membro sobrecarregado. Um pet amputado está proibido de engordar!

4 – Adote um pet especial!

Que vida boa, né?

O gesto de abrir sua casa e coração para um bichinho não é só algo bonito e altruísta, mas também é recompensador em vários sentidos. Pets amputados costumam ser de difícil adoção, pois geram nos potenciais donos receio na maioria das vezes. Um pet amputado é antes de mais nada um animal doméstico, e então um amputado, logo, é importante lembrar que a química sentida com seu potencial companheiro é bem mais importante na convivência do que a ausência de um membro. Se o seu coração bater forte por um pet amputado, pode crer que ele será tão capaz, amoroso e divertido quanto qualquer outro.

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